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15 março, 2009

Do amor proposto e recebido...

Por Cau Alexandre

"Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: "Eu te amo..." Barthes advertia: "Passada a primeira confissão, "eu te amo" não quer dizer mais nada. "É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: "Erótica é a alma". (Rubem Alves)

Palavras de amor pouco valem sem amantes que se queiram ardentemente além dos corpos. Não que não sejam necessárias, ou que não tragam um prazer imensurável. Mas se estão vazias, não farão diferença. não chegarão ao amado ou amada. Simplesmente pairarão. Inspirarão umas músicas, uns poemas, algumas lágrimas e sorrisos... e só!