04 setembro, 2008

Atitudes...

Por Cau Alexandre

Algumas vezes em nossas vidas, estamos absolutamente certos de que determinadas ações são as mais adequadas e corretas para aquele momento.

Muitas dessas ações são marcadas por momentos imponderados ou, ao contrario, por ponderações baseadas nas nossas próprias “achismos” que estão alicerçados nos nossos conhecimentos parciais do que seja a vida e algumas vezes nas nossas raivas e frustrações.


Mas você me pergunta; “E como vou saber se a atitude a ser tomada é ou não certa?”



Não é algo fácil, eu sei, mas também não é impossível. Basta olhar as outras possibilidades que vão alem de você, externamente além.

Geralmente decisões que ao longo do tempo mostram-se mais eficazes são aquelas que não ferem, não magoam, não acusam, não difamam, porque são baseadas não na vontade egoísta de que a toma, mas no respeito por si e pelo o outro. Como conseguir tal feito? Olhando além da minha própria vontade, além da minha própria dor, além da ferida da minha alma e decidindo tomar o melhor caminho, não só para mim mesma, mas também para todos os envolvidos.

Altruísmo exagerado? Angelical bondade? Não... isso é a simples consciência de si mesmo e da árdua tarefa de conviver com todas as outras pessoas do mundo que passam por nós todos os dias de nossa vida. A mesma consciência que garante saúde para alma e descanso ao espírito.

Decidir por algo que me beneficia e magoa outrem é o mais fácil, uma pena que crie feridas em ambas as almas, porque não tem poder reparador. Bater porque apanho é simples, mas não alivia a dor da pancada. Decidir por algo que dá uma rápida sensação de vitória e superioridade, mas que não me traz paz, pode parecer revigorante numa hora de raiva, mas será sempre uma sombra de dor, a lembrança do que me fez chorar e à qual eu não fui capaz de vencer e superar verdadeiramente, pois depois vou perceber que só consegui enganar a mim, pois essa sombra jamais me deixará ver um caminho novo.

Afastar-me do que me dói, usando lanças pontiagudas para ferir meu opressor só faz de mim um outro opressor, momentaneamente acuado e sem saída. Afastar-me do que me dói dignamente, de cabeça erguida e olhando em frente, ao menos me refrigera o coração e me dá a certeza de que eu continuo vendo o horizonte, apesar de tudo. É pouco? E quem fecha o coração tem muito?

As verdadeiras atitudes vêm de mãos que não temem perdoar, de olhos que vislumbram o bem a si e aos outros, mesmo que no caminho seja necessário a separação silenciosa e coerente, que traz consigo a honra da liberdade conquistada através da verdade e da paz de espírito. Do amor por si mesmo e por sua sanidade e paz. E também amor superior por aqueles que nem sabem o que isso quer dizer.

...Até outro café... e muito mais prosa!






4 comentários:

Anônimo disse...

Maninha linda.. Olha eu aqui!!!
Resolvi comentar teu texto, pois ele bate de frente, com meu modo de pensar. Te explico:
Concordo TOTALMENTE com você, quando disse que JAMAIS DEVERIAMOS tomar atitudes baseados em represália (nem sempre conseguimos); Mas PRECISAMOS FICAR ATENTOS, para que todo esse cuidado em não "arranhar" aos que nos cercam, não se torne um tipo de "MULETA", que venha dar "APOIO POLITICAMENTE CORRETO", à uma COVARDIA CAMUFLADA, em ASSUMIRMOS AS RÉDEAS de nossas vidas.
Lembre-se que, se deixarmos para tomar atitudes, sómente quando tivermos certeza de que não vai "respingar" em ninguém, passaremos a maior parte de nossas vidas praticamente "estagnados".
Sabe aquele ditado: "Impossivel fazer omelete sem quebrar os ovos"?
Pois é... Só não devemos quebrar um "OVO" que esteja sendo "CHOCADO", o resto deles?? TÊM que ser quebrados...
Falei... falei.. e não disse nada né?? rsrsrs

Beijo no teu coração, minha Maninha por OPÇÂO...

Nédio Paulo.

Cau Alexandre disse...

Eitaaaa...
Que eu consegui um "feito"... Você comentando é no mínimo memorável. risosss
Mas você captou bem o que eu pensei aqui. A única coisa que não tem validade é justificar o meu tapa num outro que recebi. Mas se for pra bater, que seja por merecimento do(a) "$%*&#$@" e não pela incapacidade ou covardia de simplesmente virar e dizer: "Não preciso de vingança pra me sentir melhor!"
Beijão, meu irmão...
Honrada com a presença e pelo comentário.

Anônimo disse...

Só idiotas escrevem sobre o que não sabem... E menina...
Você não é absolutamente isso!

Adorei o texto!

Abraços de gratidão pela excelente leitura.

Cheiro!

Anônimo disse...

Ainda criança, quando brincava num parquinho perto de casa, percebi num certo dia...

Caracassss!?!?!

Por que será que quando ti leio fico instigado a escrver?

Sinto na mesma hora que desse teu texto me brota uma nova estória.

seus argumentos me instigam o prazer de escrever.

beijokas meu Bem Bom

xau

tião